Arquivo da Categoria: Tecnologias de Informação

Áreas de Armadura para Betão Armado

Áreas de armadura

armaduras

No dimensionamento de armaduras longitudinais de vigas e lajes, e de armaduras transversais de vigas, é frequente fazer uso de tabelas de Áreas de Armadura. Embora algumas edições do código de betão armado anterior, o REBAP, tivessem uma tabela desse género , o actual código, o EC2, não tem. Sendo assim é frequente utilizarem-se várias tabelas de área de armadura que estão disponíveis em papel ou até em folhas de cálculo. Com o objectivo de criar um recurso publico e auditável, criei e disponibilizei uma folha de cálculo online e interactiva, usando os Docs da Google, que permitisse não só a consulta mas uma primeira procura pelas areas de armadura mais próximas à dimensionada.

Pode ver o resultado em baixo, utilizar impressão pdf, ou utilizar directamente a partir da seguinte ligação:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1nMkiJjR891o1yBQF_dJ9BSq7HQX76WZPMx89UXi7-0Q/edit?usp=sharing

Folha de Cálculo Interactiva – Áreas de Armadura

Apresentação sobre como foi feita Folha de Cálculo

Serviço WEB IFC para medição estruturas modelos BIM

Apresentação

Teve lugar na FEUP, no passado dia 10 de Julho de 2014, a apresentação do trabalho de tese de mestrado do João Pedro Sá com o título “Modelação de Estruturas  em BIM – Desenvolvimento de uma ferramenta para medição automática”, e cujo o objectivo principal foi o desenvolvimento de um Serviço WEB IFC . O arguente foi o Prof. Hipólito Sousa, o Presidente do Júri foi o Prof. Abel Henriques, e os orientadores foram o Prof. João Poças Martins e eu João Rio.

Apresentação João Pedro Sá sobre Serviço Web IFC

Apresentação João Pedro Sá

 

O trabalho do João Pedro Sá vêm no seguimento do trabalho de compreensão da linguagem IFC em geral , e das estruturas em particular, iniciado por Bruno Ferreira e continuado por Sérgio Pinho.

Trabalho

O João Pedro foi capaz de aprender e interpretar a estrutura da informação estrutural de um modela na linguagem IFC e a partir dai programou um software capaz de ler um modelo IFC a partir de um ficheiro disponibilizado na internet, e desse modelo obter e devolver as medições parciais e totais dos elementos estruturais. Este programa foi montado na plataforma OpenG académica baseada na FEUP, desenvolvida pelo Prof. Miguel Castro e por mim, João Rio, mantido por Rui Barros, e a partir dai passou a funcionar como um Serviço WEB IFC, ou web service, cuja API está explicada com mais detalhe na tese e na própria apresentação. Resumindo, o web service desenvolvido permite obter medições de estruturas de modelos BIM em IFC sob a forma de conteúdo  XML que pode ser depois lido em várias plataformas, por exemplo no Excel (2013), ou outras como Matlab, Python, Google Spreadsheets, etc.

WEB SERVICE API

Tomemos por exemplo o modelo simples BIM em IFC. Usando o serviço web, WS, do tipo REST, em que o endereço define o próprio pedido. Neste caso foram contempladas 2 tipos de pedido “filtered” e “global”, cada um com o seu endereço especifico:

e somando um único parâmetro, que é o endereço web do ficheiro que contém o modelo, por exemplo: https://www.dropbox.com/s/ufpjgt5fhdkz7kp/milimetrostekla.ifc?dl=1, é construído um pedido:

que devolvem um resultado em formato XML. O serviço para pedidos “filtered” foi devolvido de forma a devolver um resultado com formato XML cujo conteúdo pode ser filtrado sendo possível obter medições detalhadas do modelo como por exemplo as quantidades por material, por tipo de elemento estrutural ou para cada um dos elementos estruturais.

xpath example

xpath example

Ou então, usando ferramentas mais correntes para o engenheiro civil como o EXCEL 2013, utilizando a função WEBSERVICE (link1, link2) do EXCEL 2013 seguida da função FILTERXML. Por exemplo fazendo o pedido =WEBSERVICE(“http://openg.fe.up.pt/api/ifc/filtered?address=https://www.dropbox.com/s/ufpjgt5fhdkz7kp/milimetrostekla.ifc?dl=1″) na célula C8 obtém o resultado XML completo. Se depois quiser procurar um valor especifico das medições, por exemplo o volume da viga Beam1, então pode, noutra célula escrever =FILTERXML(C8;”result/body/properties/beam1/volume”) e obterá esse valor.

Se for feito um pedido ao serviço “global”, então são devolvidos os resultados igualmente em formato XML mas de forma a que possam ser montados numa tabela do EXCEL de forma automática, seguindo os 3 passos indicados na figura em baixo:

excel xml import

excel xml import

To BIM or not to BIM, Introdução ao BIM e uso de TICS na Engenharia Civil

Esta apresentação, feita no passado dia 12 de Março numa Sessão de Introdução ao BIM na Universidade de Aveiro, organizado pela Prof.ª Fernanda Rodrigues e Prof. Hugo Rodrigues.

To BIM or not to BBIM, introdução ao BIM, Terminator

To BIM or not to BBIM, introdução ao BIM

O objectivo principal da apresentação foi o de fazer uma introdução ao BIM e  dos conceitos abstractos básicos da modelação em comparação com, por exemplo, os do desenho. O outro objectivo foi criar um discutir o contexto de utilização de tecnologias de informação em geral na engenharia civil e de que forma é que se enquadra o BIM.

Os restantes participantes da sessão de apresentação eram provenientes do ramo profissional tendo sido interessante apresentar um ponto de vista mais académico e em alguns aspectos oposto. A apresentação foi focada no provocação da discussão do valor acrescentado para os futuros profissionais de engenharia civil desta e outras tecnologias, assim como as mudanças inevitáveis que acarretam. Assim como com a introdução de outras TICs no passado, tal como o cálculo automático e o CAD, acaba por se gerar novos processos e supostos aumentos de produtividade que podem levar à desvalorização de praticas tradicionais do engenheiro civil, mas que por outro lado apresentam oportunidades de ligadas à implementação e mesmo de um papel activo no desenvolvimento destas tecnologias.

Apresentação

Interação web entre o cliente e as API de serviços web

Serviços Web, Apresentação Tese Rui Barros

No passado dia 24 de Julho de 2013, o aluno/candidato Rui Barros fez a apresentação e defesa da sua tese sobre serviços web intitulada “Desenvolvimento de um web service para apoio ao cálculo de estruturas metálicas” na Faculdade  de Engenharia da Universidade do Porto, FEUP.

A tese foi orientada por José Miguel Castro e coorientada por e João Rio, e arguida pelo João Poças Martins, fazendo ainda parte do júri, como presidente, o Álvaro Cunha, todos da FEUP  A investigação foi desenvolvida no contexto do estudo de desenvolvimento de serviços e aplicações para cálculos de engenharia, disponibilizados pela web e acessíveis de várias plataformas convencionais e moveis, no seguimento do trabalho já desenvolvido na tese do João Granado com o título “Desenvolvimento de uma Plataforma Web para Aplicações de Cálculo Estrutural” e que resultou numa aplicação web chamada Flange+Web na plataforma OPENG (OPen ENGineering)

Resumo

O âmbito deste trabalho prende-se com a necessidade de adaptar o mundo da engenharia civil aos novos paradigmas das tecnologias de informação. Tentando colmatar as carências identificadas, que passam pela criação ferramentas web para o cálculo estrutural, sem recorrência a programas comerciais, foi desenvolvido uma API (Application Program Interface) alocada nos servidores da FEUP e disponível através do portal OpenG. A API concretizou-se com o recurso à linguagem de programação Python, com o apoio da framework Flask e de bases de dados SQL.

Exemplo de endereço URL, elucidativo de um pedido GET

Exemplo de endereço URL, elucidativo de um pedido GET

O objetivo da criação da API surge da ambição de criar uma plataforma com um potencial de expansibilidade assinalável, capaz de cobrir no futuro uma grande parte dos campos da engenharia estrutural, e de serem criadas aplicações web com base neste trabalho. Iniciou-se a criação da API no contexto do cálculo de secções de perfis metálicos, onde através de pedidos HTTP, o utilizador tem acesso a um vasto leque de informação relativa às secções. Foram incluídos dois tipos de secções metálicas na API: perfis comerciais laminados a quente das gamas europeias IPE e HE, e também da gama britânica UC e UB, assim como perfis compostos por placas soldadas também denominados por built up.

Curva de interação, de acordo com as normas de classificação do EC3 de um IPE 750

Curva de interação, de acordo com as normas de classificação do EC3 de um IPE 750

Todos os cálculos e algoritmos presentes no trabalho têm por base o Eurocódigo 3, que regula a construção metálica em Portugal e em grande parte da Europa. Além disso foram propostas alternativas de cálculo a esta norma com base em gráficos de curvas de interação de esforço axial com momento fletor, que foram impulsionadas pelas potencialidades do Python.

Referências

[1] R. Barros, “Desenvolvimento de um web service para apoio ao cálculo de estruturas metálicas,” Universidade do Porto, 2013.

[2] J. Granado, “Desenvolvimento de uma plataforma web para aplicações de cálculo estrutural,” Universidade do Porto, 2012.

Ligações Externas